Além dos preços atrativos de terrenos e custo de construção, um fator tem se evidenciado no desenvolvimento de novos empreendimentos hoteleiros: segurança na economia. A opinião é compartilhada pelo diretor do Departamento de Financiamento e Promoção de Investimento no Turismo, do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, e pelo consultor hoteleiro Robert William. “Isso é fundamental pela característica de longo prazo de maturação do investimento nesse segmento”, reforça Costa. Não é à toa que o anúncio de novos empreendimentos surge de tempos (cada vez mais reduzidos) em tempos.
Muita coisa mudou desde a entrada da primeira rede internacional no país, em 1971, quando a Hilton International Corporation passou a administrar um hotel em São Paulo. Naquela época, a estratégia era focar em cidades-chave, especialmente em grandes capitais. Depois da demanda crescente em meados da década de 1980, incentivadas pela concorrência as redes tiveram de diversificar seus mercados, o que coincidiu com o início do desenvolvimento da cadeia turística na região Nordeste.
E não são apenas estrangeiros que investem no Brasil: o desenvolvimento também se dá por capital nacional, seja de investidores individuais (em menor escala), seja de investimento oriundo das próprias redes (que investem e administram poucas unidades) ou de investidores institucionais, essenciais para alavancar o desenvolvimento do negócio, aliados ao know-how de operação de uma grande rede. Isso sem falar nos resorts aliados a empreendimentos imobiliários para compensar o longo prazo de maturação do (alto) investimento.
Com o crescimento e a profissionalização do setor, o maior desafio do empresariado continua sendo aumentar as taxas de ocupação e vencer uma concorrência ainda maior na atração de novos clientes. Para Costa, a evolução nos indicadores turísticos aponta que ainda há espaço para investimento nesse setor. Ele citou o interesse dos estrangeiros no Brasil, evidenciado durante o 10o Fórum Internacional de Investimento em Hotelaria (IHIF), realizado em Berlim, Alemanha, no início de março. “É preciso manter a estabilidade econômica, continuar investindo em estrutura e apoiar campanhas de marketing direto ao consumidor estrangeiro para tornar o Brasil cada vez mais atrativo,” enfatiza.
Mas nem tudo são flores. Os investidores ainda reclamam da infra-estrutura de serviços do país – especialmente em aeroportos – e do longo prazo de maturação desse negócio, se comparado com países como o México, nosso competidor direto no quesito atração de investimentos: de oito a dez anos contra de quatro a seis anos. William complementa que, além de ampliar a rede e garantir os serviços aeroportuários, o país deve investir em portos e rodovias. Quanto aos diferenciais oferecidos e às várias categorias, o consultor arrisca um palpite. “Hoje há mais espaço para o conceito de hotelaria com alma brasileira. Acredito que, no futuro, haja uma administração compartilhada entre os empresários brasileiros, mais focados nas grandes cidades, e os investidores internacionais, voltados para o mercado de lazer.”
Nunca foi tão fácil ganhar dinheiro. Investimento seguro, que gera lucro independente de crises na economia mundial. Entenda como fazer, e como ter nossa consultoria.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Canais de comunicação
Se preferir envie um e-mail paralucashass@lancamentoscarioca.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário